Cá estou eu de novo. Semanas turbulentas essas últimas viu. Enfim, bora alimentar esse blog que já tá sumindo dos resultados de pesquisa do google de novo. Realmente um blog talvez não seja o melhor formato. E sobre o que falarei hoje? Bom, existe uma série de pensamentos que sempre vem e volta e acho que chegou a hora de comentar um pouco deles, várias ideias de como seria o jogo no fim das contas. Coisas que podem ser ditas como Mecânicas, Dinâmicas e/ou Experiências desse jogo que engloba a criação de magia através de um sistema mágico tão complexo e realista, como nunca antes visto (por mim pelo menos).
Como sempre, começando pelo começo
O Grimório do Kadin é uma tentativa minha de criar regras que fazem sentido para um sistema mágico fantasioso, com o objetivo final de criar um jogo em cima desse sistema.
Sonho com o dia em que isso está pronto, os jogadores estão livres num mundo para criar suas próprias magias e itens mágicos e jogarem e moldarem o mundo a seu bel prazer, desvendando novas formas de usarem as regras criadas, utilizando os menores detalhes do sistema para criar efeitos mágicos dos mais interessantes, desbravando um mundo que necessariamente deverá ser perigoso, amplo e preferencialmente vivo.
Eu comentei mais de uma vez que era um projeto ambicioso e desnecessariamente difícil rsrs. E comentei também que quero fazer em partes, o Grimório é uma delas.
Tenho várias ideias de como seria a "roupagem", a história de como o jogador seria um aprendiz aprendendo como conjurar sua primeira magia, aprendendo as diferentes características de qualquer item que tenha no jogo e implementar ele em algo mágico, fazer uma poção, encantar um item.
Isso tudo faz parte da história que o jogo daria ao jogador e que pode mudar a vontade, a grande questão é o como. Como o jogo vai permitir que o jogador conjure? Como vai mostrar ao jogador as informações que ele precisa saber?
O Grimório do Kadin é o projeto responsável pela criação do sistema mágico, ele vai estabelecer regras que fazem sentido para a magia, não necessariamente vai estabelecer regras que possam ser programadas num jogo.
Papo mais técnico agora
Tem que ser um jogo em Realidade Virtual. Os componentes verbais e somáticos do D&D, lembra deles? Então, um jogo flat screen típico não tem muito espaço para esse tipo de interação, eles teriam que ser feitos com intermediários (mouse, teclado, controles..), enquanto que na realidade virtual não só tem rastreamento dos gestos, como também não é tão estranho você falar com o jogo. Estabelecer a plataforma também define algumas pontas soltas que fui deixando.
A próxima questão a abordar é a conjuração: Como seriam feitos os 5 passos da conjuração? A tecnologia não evoluiu a ponto de podermos simular uma sensação fictícia no corpo humano, então esquece sentir a Mana, teria que ser usando só os recursos que temos mesmo, que são os recursos áudio visuais do VR. Penso em uma forma de mudar o que é exibido para o jogador, tipo o sentido de bruxo do Witcher 3 (ligado por piscar os olhos num intervalo de tempo? Precisaria de rastreamento dos olhos que não é lá bem visto...), que passa a exibir Mana. Os segundo e terceiro passos são Manipular e Subjugar a Mana, e bom... Esse vídeo resume quase tudo.
Depois vem a Transformação, que penso em 3 coisas formas: O uso das runas, o jogador manipula a Mana para desenhar as runas e assim o efeito da magia acontece de acordo com as runas desenhadas; O uso da voz, o jogador usa uma interface para criar comandos de voz que executa magias que ele configurar lá; E por fim o uso dos botões mesmo dos controles de VR, ações rápidas mas que poderiam ser consideradas magias seriam feitas dessa maneira. Aqui penso que toda magia tem que começar com a criação dela através das runas, então o software é capaz de salvar o processo dessa magia e replicar sem que o jogador tenha que fazer tudo de novo, com o uso de um comando que pode ser a voz ou um botão. Ou seja, as 3 formas nada mais são do que a mesma só que uma é manual e as outras 2 são versões automatizadas.
Por fim vem a Conjuração que está sempre vinculada a Transformação, já que nada mais é do que a repetição dos passos anteriores até que esteja pronto para liberar a magia. Como isso vai ser feito no processo de conjuração manual ainda não sei, mas até lá as runas desenhadas estão só esperando para acontecer.
Também toquei numa dinâmica que quero que o jogo tenha, que é o fato do jogador ter que fazer na mão pelo menos uma vez cada magia, e esse processo é salvo no sistema e pode ser reutilizado depois. Agora, não quero que sejam apenas processos inteiros que possam ser salvos, gostaria que tivessem esboços, pedaços que fazem pouco ou nada sozinhos e que podem ser utilizados para a criação de novos processos, novas magias. Em outras palavras uma magia complexa poderia ser criada usando apenas pedaços de magias menos complexas, vamos supor que o jogador salve todas as runas que conhece individualmente, depois usando esse sistema ele apenas conecta esses processos das runas salvas de uma maneira que cria uma outra magia, salva essa nova magia e conecta com outras e cria mais uma ainda mais complexa, e por aí vai.
Com o seguinte detalhe: Isso não significa que na hora de conjurar essa magia complexa ela será feita instantaneamente, cada runa individualmente será executada no tempo que foi salva primeiro, não só o resultado é salvo, mas o tempo que o jogador levou para desenhar ela também é replicado. E se acabar tendo mais de uma runa sendo desenhada simultaneamente, aí podemos só limitar a quantidade ou afetar o tempo geral ou colocar qualquer outra mecânica menor que afete esse processo para manter limites, por exemplo o tempo máximo que o jogador tem para fazer uma runa ou manter uma magia sem conjurar enquanto prepara a próxima para construir algo mais complexo.
Isso tudo diminui um pouco a imersão, mas o ponto que quero que o jogo enfatize é a descoberta de novas magias e ver elas em ação depois, não quero que o jogador fique enfrentando problemas pra conjurar só por que não tem a destreza boa o suficiente ou memória para lembrar de todos os passos, ou mesmo tendo que desenhar as runas com a mão quando o ideal descrito no Grimório é controlar a Mana com a mente
É jogável?
Se eu resumir o que tem aqui e tentar fechar um joguinho de VR com isso até dá certo, cria uma ou algumas poucas magias só pra testar e tira todo o processo de criação e descoberta, faz um cenário simples e coloca o jogador no centro dele, não precisa nem dar movimento pra ele, e copia as formas que outras experiências de VR já fazem com manipulação de partículas e pintura 3D e quase lá, só coloca uma maneira de identificar a runa desenhada e a magia tá lançada. Ainda é pequeno demais para chamar de jogo com todas as letras, tá mais para uma experiência. Mas VR atualmente (final de 2022) ainda está emergente, tem muitas experiências pequenas assim sendo vendidas por algumas dezenas de dólares.
Existem algumas outras ideias que cheguei a ter mas essa era a principal, que mais queria externalizar aqui, e agora está feito. É isso, até a próxima o/
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