domingo, 4 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 1

Introdução 

     Bom, isso não é um grimório de verdade, e eu não estarei escrevendo minhas magias aqui. Pelo menos, não do jeito convencional. O que deixo aqui é um legado. Há muito superei o nono círculo, sobrevivi ao abismo, contemplei o vazio primordial, e em minha jornada do conhecimento, estudo o futuro para entender o passado. É neste tempo que escrevo este grimório e é neste grimório que está o seu papel. Requisito seu auxílio na esperança de completarmos esta tarefa. Acredito que algum reflexo meu no caleidoscópio da existência será capaz de entregar estas páginas a alguém com potencial no caminho da magia, é minha esperança que este alguém seja você. Mas será este você? Está disposto a estudar os segredos do finito? De ver mais do que os olhos veem? Deseja escapar das amarras do Destino? Ter o que é preciso para trilhar seu próprio caminho e explorar a miríade do não-determinado? Este não será um caminho fácil independente de qual for, e muitos irão falhar. Nem sempre a recompensa acompanha o risco. Ainda assim, quer ter o poder de alterar sua realidade? 

    Para aqueles que ainda não entenderam o que é este grimório, este é, novamente, meu Legado. Minha ferramenta atemporal que nutrirá aquele que chegará onde estou, e completará meu sonho.  

 

E pensar que escrevi isso tanto tempo atrás, a inspiração de invocar o conhecimento de outro mundo.  

Nenhuma das ciências que temos hoje (no mundo real, deixe-me esclarecer) começaram diretamente com as fórmulas, é óbvio que eu também não começaria. Começa-se com histórias, relatos e principalmente pesquisas. Entender o que é fato e o que é ficção. E para criar toda uma nova "ciência" me inspiro nas histórias da magia, dos grandes magos, dentro da temática que mas me agrada, essa magia fantasiosa, chamativa, espetacular, poderosa e perigosa, o resultado de uma fórmula matemática que é desde sua própria essência, parcialmente imprevisível. Uma ciência que não é exata. Cada magia é uma obra prima. 

Dizem que a tecnologia, quando suficiente desenvolvida, é indistinguível da magia. Permita-me discordar (Clarke, estou criando uma nova ciência aqui, espero que você não se importe 😝). Certamente a tecnologia suficientemente desenvolvida pode fazer aquilo que só podemos pensar como "mágico", mas a diferença está na essência delas. Depois de desenvolver toda a tecnologia necessária, ela fará o que for pedido, e fará de novo, e mais uma vez, todas à perfeição, de maneira igualmente assombrosa.
A magia é incapaz de manter esse padrão, cada magia é única, uma obra de arte, ela não fará a mesma tarefa de novo e de novo sem falhar ou mudar seu resultado, mas ela supera a tecnologia quanto ao realizar tarefas complexas. Quanta tecnologia não seria necessária para criar um buraco de minhoca e viajar distâncias astronômicas em um instante? Teletransporte é uma das magias mais comuns, não vou dizer básica pois é necessário um certo nível de experiência, mesmo assim qualquer mago que alcança esse nível é capaz de se teletransportar instantaneamente para onde seu pensamento o levar. É por isso que magos tendem a ter físicos frágeis, olha a preguiça destes povos de andar!

Mais uma vez: cada magia é única. É por isso que não quero escrever um grimório de magia aqui, não quero que as magias sejam simplesmente copiadas, quero que cada conjurador crie suas próprias magias, pelo menos tentem criar. Mas também não que criar suas próprias fórmulas mágicas seja o único caminho para um conjurador, o sistema tem que permitir a cópia, mas encorajar a criação. 

E também quero destacar aqui o seguinte: eu não estou trazendo a magia para a confluência, e sim quero abrir o portal e te dar o conhecimento para vir para a confluência visitar o mundos mágicos. 

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