terça-feira, 6 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 2

 Energias, Mana e Primeiros Passos, pt1

    Se você quer ser capaz de conjurar qualquer magia, o primeiro passo é ser capaz de interagir com as energias que compõem as magias, mesmo quando tudo que queira fazer seja ativar um instrumento mágico, sem interagir com a energia do instrumento ele será apenas um artefato inútil em suas mãos. 
    Existem diversas energias, algumas poucas estão espalhadas por todos os cantos, no ar que você respira e na comida que você come, outras só existem sob certas condições; algumas energias são interativas elas querem se transformar, mudar de estado, outras energias são passivas, necessitando que um agente externo traga a mudança até ela; tem até algumas que são esguias, essas fogem da detecção e são bem difíceis de manipular. Não é como se elas tivesses consciência, mas suas leis são misteriosas e este é um dos jeitos para explicar e fazer entender. 
    Não tem um nome que realmente aglomera todos aqueles que de um jeito ou de outro manipulam as energias, uso termo conjurador, não por estar correto, mas por mero costume. Entretanto, segundo esta definição, até mesmo um cozinheiro pode ser chamado de conjurador, mesmo sem nunca interagir diretamente com as energias mágicas. 
    Tudo aquilo que vive tem potencial de ser um conjurador, mas poucos nascem com este potencial liberado.
    Aqui, foco na Mana, energia mais comum, fácil de sentir e de interagir, no objetivo de lhe tornar um conjurador, um mago numa denominação mais específica, apesar de deixar claro que seu caminho é você quem faz. 
Sabe aqueles episódios em que mostra um trecho da aula do mestre para seu aprendiz? Em que mostra o professor dando aula para a turma? Estas partes da história são feitas com a intenção de dar um gostinho de o que é que está sendo ensinado, para explicar o por que a personagem depois sabe tal coisa, para trazer um certo nível de imersão daquele mundo ao expectador. É uma pena que costuma ser só um trecho da história. Afinal quem está interessado em um livro sobre o dia a dia de alguém na escola? Eventualmente a história volta ao seu foco, apresenta novos personagens e segue em frente, deixando pra trás a aula propriamente dita. Não posso reclamar, eu também não leria isso. Mas agora é justamente dessa parte que sinto falta. 
Ainda assim, me inspirando nessas histórias, eu fui atrás de imaginar um cenário que gostaria de ver acontecer. Pensei nas características que me agradam e nas que não me agradam, e tento alcançar um sistema com aquilo que quero. 

Uma magia não acontece sozinha sabe? Pra funcionar precisa de algo ou alguém que a faça acontecer e precisa de uma fonte de energia para alimentar seus efeitos. Este algo ou alguém pode ser qualquer coisa, viva ou não, natural ou artificial, pois alguma propriedade dessa coisa pode interagir com alguma energia que por acaso está lá e gerar um efeito que pode ser descrito como magia. Uma versão mágica do prisma criando um arco-íris, digamos. 
Agora a energia, nas histórias há todo tipo de energia que pode ser usada como combustível para as magias. Mana, aura, chakra, ki, ether, nem, partículas elementais, luz e trevas, energia primordial, lifestream... Tá bom, alguns desses nomes você pode relacionar com qualquer outra coisa menos "Magia". Mas pensa bem, quantos dos ninjutsus não se parecem com magia? Prosseguindo nesta linha de pensamento, tenho que permitir que a magia possa ser criada com qualquer tipo de energia fantástica, e explicar o que elas são, como elas existem, por que elas existem, onde elas estão... Bom, já que não estou criando o sistema ainda eu não preciso me preocupar com isso, mas já posso dar linhas gerais pro pensamento. 

Sendo sincero, Mana é a minha preferida. É também aquela mais associada a magia. E já que quero desenvolver a teoria da magia, preciso seguir em frente com alguma energia, Mana foi escolhida. 

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