sexta-feira, 16 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 5

 Mana: Domínio, Transformação e Conjuração, Pt1

    Após aprender como dominar e manipular a Mana é quando alguém pode de fato tentar conjurar uma magia. Claro, isto é seguindo o caminho de um mago, um caminho amplamente seguido e que pode levar quase qualquer um ao primeiro círculo, dado tempo e dedicação suficientes. 
    Mana é uma energia, interage apenas com aquilo que interage com ela, que volta ao seu estado natural semi passivo assim que sai do domínio do conjurador. Mana é a energia que usamos para conjurar magias, mas primeiro temos que transformá-la, convertemos ela em outra energia, outra Mana, que fará a magia acontecer. 
    Qualquer energia fora do domínio de alguém pode ser nociva ao corpo deste alguém, mesmo Mana não é exceção, então é fácil saber do perigo de convertê-la para, digamos, o calor necessário para a clássica Bola de Fogo. É aqui que entra ter um bom domínio sobre a Mana, e para se ter um bom domínio é necessária uma boa precisão em senti-la.
    Isso não é fácil. Sabe dizer a forma do vento quando a brisa bate em seu corpo? Sabe ao menos dizer de onde veio essa brisa, ou pra onde ela vai? E quando essa brisa só passa perto de você, sabe ao menos dizer que ela esteve por lá? Agora, e se fosse uma energia que sempre esteve ao seu redor, mas que precisou de todo um treinamento para apenas começar a sentir?


Passei um bom tempo refletindo sobre reserva de mana, regeneração de mana, por que uns tem mais mana que outros, sendo que a mana está por aí no ambiente. Fiz uns esboços, coloquei no papel alguns fatos (como eu queria ter encontrado esse papel agora para compartilhar aqui...), e acabei percebendo que não posso deixar os conjuradores usar a mana do ambiente para conjurar. Logicamente falando, como se daria o desgaste corporal, a limitação que havia imposto para capacidade do conjurador, se ele só precisasse falar ao ar e a magia acontece? Como se daria a explicação da reserva de mana? No fim, não quero fazer com que os conjuradores estejam completamente bloqueados de conjurar usando a mana do ambiente, porém deixo isso para certas técnicas, certos caminhos, deixo isso para as exceções, e por hora vamos com a regra geral: Existem 2 Manas, a que você pode absorver do ambiente e a da sua barra de mana, lore wise a sua barra de mana é um tipo diferente de Mana, uma transformada, com a sua assinatura digamos assim. Isso foi decido já há várias páginas do grimório atrás, mas só agora é que conseguimos montar tudo. 

Então temos 5 passos para conjurar (usando a Mana):

  1. Sentir
  2. Manipular
  3. Subjugar
  4. Transformar
  5. Manifestar
    Aqui então digo que uma magia é um ou mais fenômenos alimentados por uma ou mais energias (espera aí, isso não está parecido com a definição de Trabalho?). 
    A ação é definida pelo conjurador, e passada para a energia de alguma forma, como a voz por exemplo, a manifestação da vontade do conjurador. E para que não sejam apenas palavras vazias, ele imbui uma energia nessa manifestação (5º passo), essa energia tem que estar adaptada à ação que irá alimentar, usando um exemplo do mundo real: uma lâmpada se acende com eletricidade, outras energias não vão funcionar. 
    Para imbuir essa energia, o conjurador tem que ser capaz de controlar ela, mas ser capaz de controlar cada energia deve ser beeem difícil, então não seria mais fácil controlar uma energia só e transformar ela nas outras no momento da alimentação? Novamente usando eletricidade como exemplo, nós movemos eletricidade por todo o país para só então eletrodoméstico comum transformarmos essa energia em algo útil, como calor pra um chuveiro ou as várias características da luz de uma TV. Logo, usa-se Mana como uma energia neutra, e no momento da conjuração transforma ela numa energia especializada (4º passo). 
    Como disse antes, não posso deixar que o conjurador use a energia do ambiente para isso, ela tem que estar sob seu controle. Então para transformar a Mana e imbuir ela na manifestação da magia, o conjurador tem que subjugá-la ao seu domínio (3º passo).
    Mas não se pode subjugar a Mana sem ser capaz de controlar ela, logo o conjurador primeiro tem que ter uma boa manipulação da Mana (2º passo).
    E não se pode manipular a Mana sem nem saber que ela existe ou onde está, então começa-se afiando seus sentidos (1º passo). 

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