sábado, 19 de dezembro de 2020

Prateleiras e Estantes

"Todos tem as mesmas 24hrs de um dia". E ainda assim tenho certeza que você conhece alguém que consegue fazer muito mais que você enquanto fica reclamando que não tem tempo pra fazer seja lá o que for. 

Eu reclamei que tinha falta de tempo num outro post, mas a verdade é que era uma mistura de cansaço e preguiça mesmo. "Tempo se faz". Dê prioridade às coisas certas e dá tudo certo (é fácil falar). Estava escrevendo exatamente este trecho quando minha irmã de repente me chama pra jogar Stardew Valley junto com ela. Gosto do jogo, gosto de jogar junto com ela, mas minha prioridade agora é fazer este post, terminando aqui, se ela estiver jogando ainda a gente joga. Não entenda errado, jogar alguma coisa, entreter a mente, descansar, socializar, passar um tempo com a família, há vários bons motivos defendendo você parar seu serviço no meio do caminho e ir jogar com a sua irmã! Eu só analisei a proposta dela e a minha própria, e decidi que preciso fazer a minha primeiro "Quem não escolhe é escolhido". Eu fiz meu tempo, planejei este post e vim executar esta tarefa. 

Assim termino a introdução com a dica mais "dica pra vida" que já dei alguma vez. =p


Uma estante melhor

Quando revivi este blog alguns meses atrás, eu tinha como um dos objetivos a procura de um lugar para organizar minhas explorações na Confluência. Até encontrei um jeito que daria certo, mas estava muito trabalhoso. Até cheguei a dizer logo no primeiro post que eu ia escrever o que viesse a mente aqui sem me preocupar tanto com ficar enfeitando as palavras, mas ainda assim um mínimo de qualidade é necessária. Portanto foi bem fortuito quando por necessidade de organizar meu tempo, meus projetos em aberto e minhas tarefas do dia a dia, eu decidi começar a usar o Trello. Serve muito bem para uso pessoal, se você alimentar seus cards diariamente. Acho que agora a introdução começa a fazer mais sentido, não? 
Essa mudança me fez perceber que a estante que tinha montado antes estava mais para caixas e prateleiras, cospobre, gambiarra. Bom, é algo que quero pra vida, se eu um dia quero conseguir ganhar dinheiro com isso, vamos profissionalizar, não é?! O Trello ainda não é feito exatamente para guardar notas, mas em termos de organização foi excelente! 
E com isso o blog volta a ser o que deveria ser, um dos portais da Confluência, desta vez para o Mundo Real. É, você aí do Mundo Real que está lendo isso, bem vindo a Confluência! =p
E também com isso devo conseguir manter uma estabilidade maior nos posts aqui, com planejamento e organização mesmo com o tempo apertado vou arranjar tempo para pelo menos 1 post por mês. Não é muito, mas é melhor que deixar morrer uma segunda vez. 


Todo grande mago tem um aprendiz

Eu gosto muito de ouvir músicas. Hoje em específico eu quebrei um padrão e estou escutando Ira! enquanto escrevo este post. Queria ter vivido a época de ouro do Rock'n'Roll no Brasil. Mas meu celular estava ficando lento, travando até para apenas tocar músicas, depois de meses de planejamento (queria ser pobre um dia, ser todo dia é foda!) eu comprei um novo, melhor, que deve durar mais 6 anos aí. Toda semana descubro alguma função nova que o celular faz mas que não tinha acesso antes, o assistente por voz está funcionando muito bem! 
Enfim, voltando ao assunto, disse que o Trello não é bom para guardar notas. Disse também querer profissionalizar minhas ferramentas. Então perguntei ao Google Assistente: "Você consegue gravar minha voz para eu escutar de novo depois?", e me surpreendendo ela disse "Não consigo gravar sua voz, mas você pode querer usar o Google Keep", bom, talvez não nessas palavras, quem aí se lembra das palavras exatas de um diálogo? E um diálogo com seu próprio celular?
Então fui atrás de entender o que este App faz. E o que ele faz é salvar notas. Em vários formatos além de texto. Como áudios e imagens. PORRA GOOGLE!!! PQ VOCÊ NUNCA ME APRESENTOU ESTE APLICATIVO ANTES?!?!? VOCÊ JÁ SABE ATÉ O QUE VOU PENSAR EM SEGUIDA  E NÃO ME DISSE ISSO?! Insta win carai, foi uso imediato, e satisfação imediata após o uso. Se seu celular tem Google Assistente, diga aew, "Google, você é foda!". De nada. 
Ganhei um assistente, não é um aprendiz mas tudo bem, todo grande mago tem um assistente também. Só falta ser um grande mago. 

sábado, 17 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 6

 

 Mana: Domínio, Transformação e Conjuração, Pt2

    A Mana não está parada no ambiente, ela flui, as vezes fica mais rápida, as vezes fica mais densa, então sente-se e feche os olhos, concentre-se em sentir a Mana ao seu redor. Quando puder dizer para que lado a Mana flui, procederemos para o próximo passo. Quando chegar neste ponto se concentre não na Mana do Ambiente, mas naquela que já dominou. Exerça seu domínio, manipule esta energia, você deve perceber agora os resquícios, um rastro de Mana que ainda resiste ao teu comando, que não está completamente sob seu domínio. É consideravelmente difícil evitar que isso aconteça, quando se concentra no todo pode não conseguir se atentar a uma parte, quando se concentra na parte pode perder o seu domínio do todo. Deve expelir toda a energia que não consegue dominar, mesmo que sobre pouco.
    Qualidade sobre quantidade. Você pode exaurir seu corpo bem depressa ao mover grandes quantidades de Mana, e pode alcançar o mesmo resultado com apenas uma fração desta quantidade de Mana que esteja sob seu domínio completo.
    É fortemente sugerido que como primeira energia para transformar seja para a luz. Ela também pode ser nociva ao seu corpo, não se engane, mas apenas em grandes quantidades, um iniciante não terá um problema como este. Pode tentar começar com a imaginação, levante a ponta do dedo, imagine o que aconteceria se ele brilhasse, como seria essa luz? Qual cor? Qual a intensidade do brilho? O que estaria sendo iluminado por ela? Agora tenta mover a sua Mana para a ponta do seu dedo, concentre-a e então ordene-a para que se acenda. Use o pensamento que melhor lhe servir, diga em voz alta se preferir. Não se esqueça de manter sua concentração na Mana. Quanto mais clara sua mente for, melhor. Tente, tente de novo, no sucesso, terá conjurado sua primeira magia. 


Queria seguir em frente, por a teoria à prova. Sabendo os passos para conjurar, qual magia conjurar então? Abri um livro do D&D, e busquei por um truque de Nv 0 que fosse mais comum: Luz. É perfeito! 

Então voltei a escrever me inspirando nas páginas anteriores, como se fosse um mestre ensinando seu aprendiz. Agora sim se parece com aqueles episódios que mostram como é a aula do protagonista durante seu treino, não é mesmo?

Estão aqui os 5 passos, todos em ordem, parece fazer sentido, gostei do resultado até aqui. Vamos continuar, testar com outra magia, uma básica mesmo mas um pouco menos convencional: Rajada de Veneno. Agora complicou um pouco: basta o conjurador pensar em como seria o efeito e ele acontece? Não se parece com os magos que passam uma vida de estudos nas coisas mais diversas, que dizem que conhecimento é poder. Só imaginar e a magia acontecer é tão... Disney. Feérico. Onírico. Não é ruim, mas também não é o que eu estou buscando. Sou um CDF da magia, mim dá licencia? 

O problema aqui está na Manifestação, o 5º passo. De fato, aquilo que diferencia cada magia está aqui, não se pode deixar isso tão simples, precisamos de um sistema que compreenda todas as magias (numa regra geral que pode estar cheia de exceções, é claro), e que não seja tão complicado também a ponto de só os magos CDFs podem conjurar desta maneira. 

Novamente usando D&D como referência, a magia de lá possui componentes verbais, somáticos, materiais e alguns outros, isto me dá um belo ponto de partida. Nos filmes também há várias referências, em Doutor Estranho ou Warcraft, mesmo alguns animes como Full Metal Alchemist, Fairy Tail ou Overlord, os personagens fazem magia (ou alquimia no caso do FMA) usando círculos mágicos. Sempre vi os círculos como uma forma de conjuração mais baseada em rituais demorados, e um brilho neon no ar por mais legal que seja é muito chamativo pro meu gosto, mas sem dúvida servem de inspiração. 

É nesta etapa que mora A Arte, como se faz a conjuração, como a sua magia vai ficar afinal. Tem que ser bem feito. Há muito me inspiro também em Magic, The Gathering: eles tem um tomo livro de regras, mas novas mecânicas são adicionadas periodicamente, e cada carta tem permissão de abrir uma exceção à regra. Em outras palavras, posso ir criando diferentes mecânicas para a manifestação e pegando as melhores para tornar oficiais. Funciona.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 5

 Mana: Domínio, Transformação e Conjuração, Pt1

    Após aprender como dominar e manipular a Mana é quando alguém pode de fato tentar conjurar uma magia. Claro, isto é seguindo o caminho de um mago, um caminho amplamente seguido e que pode levar quase qualquer um ao primeiro círculo, dado tempo e dedicação suficientes. 
    Mana é uma energia, interage apenas com aquilo que interage com ela, que volta ao seu estado natural semi passivo assim que sai do domínio do conjurador. Mana é a energia que usamos para conjurar magias, mas primeiro temos que transformá-la, convertemos ela em outra energia, outra Mana, que fará a magia acontecer. 
    Qualquer energia fora do domínio de alguém pode ser nociva ao corpo deste alguém, mesmo Mana não é exceção, então é fácil saber do perigo de convertê-la para, digamos, o calor necessário para a clássica Bola de Fogo. É aqui que entra ter um bom domínio sobre a Mana, e para se ter um bom domínio é necessária uma boa precisão em senti-la.
    Isso não é fácil. Sabe dizer a forma do vento quando a brisa bate em seu corpo? Sabe ao menos dizer de onde veio essa brisa, ou pra onde ela vai? E quando essa brisa só passa perto de você, sabe ao menos dizer que ela esteve por lá? Agora, e se fosse uma energia que sempre esteve ao seu redor, mas que precisou de todo um treinamento para apenas começar a sentir?


Passei um bom tempo refletindo sobre reserva de mana, regeneração de mana, por que uns tem mais mana que outros, sendo que a mana está por aí no ambiente. Fiz uns esboços, coloquei no papel alguns fatos (como eu queria ter encontrado esse papel agora para compartilhar aqui...), e acabei percebendo que não posso deixar os conjuradores usar a mana do ambiente para conjurar. Logicamente falando, como se daria o desgaste corporal, a limitação que havia imposto para capacidade do conjurador, se ele só precisasse falar ao ar e a magia acontece? Como se daria a explicação da reserva de mana? No fim, não quero fazer com que os conjuradores estejam completamente bloqueados de conjurar usando a mana do ambiente, porém deixo isso para certas técnicas, certos caminhos, deixo isso para as exceções, e por hora vamos com a regra geral: Existem 2 Manas, a que você pode absorver do ambiente e a da sua barra de mana, lore wise a sua barra de mana é um tipo diferente de Mana, uma transformada, com a sua assinatura digamos assim. Isso foi decido já há várias páginas do grimório atrás, mas só agora é que conseguimos montar tudo. 

Então temos 5 passos para conjurar (usando a Mana):

  1. Sentir
  2. Manipular
  3. Subjugar
  4. Transformar
  5. Manifestar
    Aqui então digo que uma magia é um ou mais fenômenos alimentados por uma ou mais energias (espera aí, isso não está parecido com a definição de Trabalho?). 
    A ação é definida pelo conjurador, e passada para a energia de alguma forma, como a voz por exemplo, a manifestação da vontade do conjurador. E para que não sejam apenas palavras vazias, ele imbui uma energia nessa manifestação (5º passo), essa energia tem que estar adaptada à ação que irá alimentar, usando um exemplo do mundo real: uma lâmpada se acende com eletricidade, outras energias não vão funcionar. 
    Para imbuir essa energia, o conjurador tem que ser capaz de controlar ela, mas ser capaz de controlar cada energia deve ser beeem difícil, então não seria mais fácil controlar uma energia só e transformar ela nas outras no momento da alimentação? Novamente usando eletricidade como exemplo, nós movemos eletricidade por todo o país para só então eletrodoméstico comum transformarmos essa energia em algo útil, como calor pra um chuveiro ou as várias características da luz de uma TV. Logo, usa-se Mana como uma energia neutra, e no momento da conjuração transforma ela numa energia especializada (4º passo). 
    Como disse antes, não posso deixar que o conjurador use a energia do ambiente para isso, ela tem que estar sob seu controle. Então para transformar a Mana e imbuir ela na manifestação da magia, o conjurador tem que subjugá-la ao seu domínio (3º passo).
    Mas não se pode subjugar a Mana sem ser capaz de controlar ela, logo o conjurador primeiro tem que ter uma boa manipulação da Mana (2º passo).
    E não se pode manipular a Mana sem nem saber que ela existe ou onde está, então começa-se afiando seus sentidos (1º passo). 

sábado, 10 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 4

 Energias, Mana e Primeiros Passos, Pt3

    O seu entendimento de como fazer a Mana se mover é o que chamados de Manipular a Mana, e este domínio influencia diretamente em seu potencial como conjurador.
    Existem formas de saber como está seu domínio no Sentido e na Manipulação da Mana, e para a terceira etapa, um bom controle é necessário. Até este momento, o que foi feito foi na Mana do ambiente, e este tipo de domínio é lento e limitado, o potencial de transformação da Mana não é explorado assim, você te, que remover a resistência dela, subjuga-la, transforma-la em uma energia que é sua, e para isso, você usa seu próprio corpo. É por isso que um domínio é necessário, não tem como uma energia descontrolada correndo pelo seu corpo ser algo bom.
    Seu corpo é como uma esponja, e a Mana ao seu redor é a água. Absorva-a. Mova a Mana pelo seu corpo, expulse-a e absorva novamente. Faça devagar, não se force, acostume-se com o sentimento, acostume seu corpo com a energia que flui em você.
    Duas mudanças ocorrerão: seu corpo passará a se comportar de fato como uma esponja, absorvendo sozinho a Mana sem que você precise fazer algo a respeito; e a Mana em você passa a ser mais ágil, mais concentrada, e flui melhor. Perceba que assim que ela deixa seu corpo ela rapidamente volta a ser como a do ambiente, se isso acontecer é porque aprendeu como dominar a Mana. 


Não gosto da ideia de que magia seja infinita. Ela não é onipotente, e o conjurador menos ainda. É necessário algum limite nisso, a resposta novamente foi tirada das histórias, mas dessa vez foi até instintivo: o próprio corpo do conjurador é o canal para usar a Mana (e as outras energias também, embora eu não queira fazer dessa uma regra absoluta), mas para fazer isso ele sofre desgaste. Sempre haverá um limite em quanta Mana o conjurador pode manipular, por mais adepto que ele seja. 

Essa maneira também trás outras vantagens: já explica por que alguns conjuradores conseguem manipular mais energia que outros, explica o conceito de Mana Regen passivo, e até toca nas bordas de eficiência de conjuração, como Velocidade na Manipulação da Mana e Concentração da Mana, coisas que podem ser usadas mais pra frente. De fato, essa eficiência na conjuração é talvez a diferença mais fundamental entre um feiticeiro e um mago, mas isso fica para outro post, ainda farei uma comparação entre todas as classes conjuradoras. 

Penso também que não são todas as pessoas que são aptas a manipular a Mana desse jeito, mas não vamos pensar nas exceções agora. A vida é injusta, um pode ser melhor que outro usando a mesma quantidade de esforço, mas ao mesmo tempo não gosto de definir coisas de nascença, então mesmo que uma pessoa nasceu sendo completamente incapaz de conjurar magias, falhe em cada forma de se tornar um conjurador, sempre terá outro jeito. 

Já vou adiantando aqui: não quero definir nomes, não quero definir classes, não quero essas limitações que só fazem sentido para equilibrar classes e limitar papéis de jogador, então conforme esse projeto progredir eu posso usar os termos que existem por aí apenas como nomes, mas como disse logo no começo do Grimório, seu caminho é você quem faz, e a Teoria da Magia tem que permitir isso. 

Então é isso, deixo aqui a página 4 do Grimório, com pelo menos uns 3 ganchos para páginas futuras.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 3

 Energias, Mana e Primeiros Passos, pt2

    Você não pode manipular uma energia sem nem ao menos senti-la, e com a Mana ainda existe uma terceira etapa: torná-la sua.
    Como é o sentimento não posso dizer, isso é único para cada um e qualquer dica que eu ou qualquer outro der tem mais potencial de atrapalhar  que ajudar. Dito isto, o que eu posso ajudar é nas práticas que você pode executar que possuem boas chances de lhe dar sucesso em sentir a mana. 
    Começando pelo mais óbvio, é mais fácil sentir a Mana em um ambiente com maior concentração.
    Ingerir alimentos e líquidos ricos em Mana tem altas chances de ajudar, mas são raros, caros, e há doenças relacionadas ao acúmulo de Mana no corpo, portanto não exagere. 
    Há quem consegue através da meditação, isso toma tempo e nem sempre dá resultado, ainda assim vale a tentativa. Saiba como meditar antes de tentar isso!
    Claro, há outras maneiras, e você não precisa escolher apenas uma, o importante nesta etapa é explorar este sentido, quanto melhor usa percepção da Mana, melhor seu domínio sobre ela.
    Chegará um momento em que você deve perceber que a Mana "te ouve", como se ela quisesse seguir a sua vontade, ela parece se concentrar no mesmo local onde você se concentra, e neste ponto podemos começar a treinar o controle sobre a Mana. 
    Haverá resistência. Trate a Mana como uma pessoa preguiçosa, alguém que quer algo mas não sai do lugar para conseguir aquilo. Você precisa incentivá-la, empurrar, puxar, trazer a ação para ela, agir por ela. 


Seguindo em frente neste cenário tutor/aprendiz, qual seria a próxima aula dele? Bom, talvez não essa, mas foi onde cheguei. 

Se as magias dependem de uma energia para acontecer, então o conjurador precisará conhecer essa energia, saber como ela se comporta, entender seus princípios, para só então tentar fazer com que ela se comporte de uma outra forma e então tentar fazer uma magia com isso. Compare com a energia elétrica: não é apenas recentemente que sabemos da existência dela, mas só agora que sabemos como controlá-la. É a diferença entre saber que algo está lá e saber por que este algo está lá. Novamente comparando com a energia elétrica, aprendemos como transformar outas energias nessa, como movimentar ela por aí, e depois construímos aparatos que se utilizam dessa energia para todo tipo de fim (nem parece que formei em mecatrônica '-'). Muito do que imaginei ao pensar nas energias foi me inspirando nas energias reais como a elétrica. 

Mas essas energias não estão aí a mostra, pelo menos a maioria delas não, e este é o caso com a Mana. Explicarei mais sobre isso mais tarde, mas adiantando este assunto, a Mana está em todo lugar, não se importando com a matéria (por mais que ainda interaja com vários materiais). Mas isso não significa que sabemos percebê-la. A confluência é povoada de mundos fantásticos e seres maravilhosos, alguns deles podem ser capaz de perceber a Mana assim como nós percebemos a luz, algo que é intrínseco ao nosso corpo, mas estes casos são a minoria, portanto sigo em frente com: se você não é capaz de sentir a Mana, então aprenda a sentir a Mana! (ou qualquer outra energia que possa ser usada para conjurar magias, adiciono)

Dei vários exemplos sobre como alcançar esta etapa. Espero que sirvam de base de inspiração no futuro, pois quero que o sistema explique por que estes métodos funcionam, assim como abra espaço para a criação de vários outros métodos. Se por algum acaso a lógica descartar alguma coisa, tudo bem, descarta e segue em frente ou muda a lógica. Se a teoria não explica a realidade, mude a realidade então. Os físicos teóricos deveriam tentar fazer isso de vez em quando. 

Não sei se já deu para perceber, eu não quero descartar muita coisa, quero que o sistema seja capaz de explicar muuuuita coisa. Uma visão da coisa ainda mais macro que a visão macro da coisa. Eu disse que era ambicioso.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 2

 Energias, Mana e Primeiros Passos, pt1

    Se você quer ser capaz de conjurar qualquer magia, o primeiro passo é ser capaz de interagir com as energias que compõem as magias, mesmo quando tudo que queira fazer seja ativar um instrumento mágico, sem interagir com a energia do instrumento ele será apenas um artefato inútil em suas mãos. 
    Existem diversas energias, algumas poucas estão espalhadas por todos os cantos, no ar que você respira e na comida que você come, outras só existem sob certas condições; algumas energias são interativas elas querem se transformar, mudar de estado, outras energias são passivas, necessitando que um agente externo traga a mudança até ela; tem até algumas que são esguias, essas fogem da detecção e são bem difíceis de manipular. Não é como se elas tivesses consciência, mas suas leis são misteriosas e este é um dos jeitos para explicar e fazer entender. 
    Não tem um nome que realmente aglomera todos aqueles que de um jeito ou de outro manipulam as energias, uso termo conjurador, não por estar correto, mas por mero costume. Entretanto, segundo esta definição, até mesmo um cozinheiro pode ser chamado de conjurador, mesmo sem nunca interagir diretamente com as energias mágicas. 
    Tudo aquilo que vive tem potencial de ser um conjurador, mas poucos nascem com este potencial liberado.
    Aqui, foco na Mana, energia mais comum, fácil de sentir e de interagir, no objetivo de lhe tornar um conjurador, um mago numa denominação mais específica, apesar de deixar claro que seu caminho é você quem faz. 
Sabe aqueles episódios em que mostra um trecho da aula do mestre para seu aprendiz? Em que mostra o professor dando aula para a turma? Estas partes da história são feitas com a intenção de dar um gostinho de o que é que está sendo ensinado, para explicar o por que a personagem depois sabe tal coisa, para trazer um certo nível de imersão daquele mundo ao expectador. É uma pena que costuma ser só um trecho da história. Afinal quem está interessado em um livro sobre o dia a dia de alguém na escola? Eventualmente a história volta ao seu foco, apresenta novos personagens e segue em frente, deixando pra trás a aula propriamente dita. Não posso reclamar, eu também não leria isso. Mas agora é justamente dessa parte que sinto falta. 
Ainda assim, me inspirando nessas histórias, eu fui atrás de imaginar um cenário que gostaria de ver acontecer. Pensei nas características que me agradam e nas que não me agradam, e tento alcançar um sistema com aquilo que quero. 

Uma magia não acontece sozinha sabe? Pra funcionar precisa de algo ou alguém que a faça acontecer e precisa de uma fonte de energia para alimentar seus efeitos. Este algo ou alguém pode ser qualquer coisa, viva ou não, natural ou artificial, pois alguma propriedade dessa coisa pode interagir com alguma energia que por acaso está lá e gerar um efeito que pode ser descrito como magia. Uma versão mágica do prisma criando um arco-íris, digamos. 
Agora a energia, nas histórias há todo tipo de energia que pode ser usada como combustível para as magias. Mana, aura, chakra, ki, ether, nem, partículas elementais, luz e trevas, energia primordial, lifestream... Tá bom, alguns desses nomes você pode relacionar com qualquer outra coisa menos "Magia". Mas pensa bem, quantos dos ninjutsus não se parecem com magia? Prosseguindo nesta linha de pensamento, tenho que permitir que a magia possa ser criada com qualquer tipo de energia fantástica, e explicar o que elas são, como elas existem, por que elas existem, onde elas estão... Bom, já que não estou criando o sistema ainda eu não preciso me preocupar com isso, mas já posso dar linhas gerais pro pensamento. 

Sendo sincero, Mana é a minha preferida. É também aquela mais associada a magia. E já que quero desenvolver a teoria da magia, preciso seguir em frente com alguma energia, Mana foi escolhida. 

domingo, 4 de outubro de 2020

O Grimório do Kadin, pág 1

Introdução 

     Bom, isso não é um grimório de verdade, e eu não estarei escrevendo minhas magias aqui. Pelo menos, não do jeito convencional. O que deixo aqui é um legado. Há muito superei o nono círculo, sobrevivi ao abismo, contemplei o vazio primordial, e em minha jornada do conhecimento, estudo o futuro para entender o passado. É neste tempo que escrevo este grimório e é neste grimório que está o seu papel. Requisito seu auxílio na esperança de completarmos esta tarefa. Acredito que algum reflexo meu no caleidoscópio da existência será capaz de entregar estas páginas a alguém com potencial no caminho da magia, é minha esperança que este alguém seja você. Mas será este você? Está disposto a estudar os segredos do finito? De ver mais do que os olhos veem? Deseja escapar das amarras do Destino? Ter o que é preciso para trilhar seu próprio caminho e explorar a miríade do não-determinado? Este não será um caminho fácil independente de qual for, e muitos irão falhar. Nem sempre a recompensa acompanha o risco. Ainda assim, quer ter o poder de alterar sua realidade? 

    Para aqueles que ainda não entenderam o que é este grimório, este é, novamente, meu Legado. Minha ferramenta atemporal que nutrirá aquele que chegará onde estou, e completará meu sonho.  

 

E pensar que escrevi isso tanto tempo atrás, a inspiração de invocar o conhecimento de outro mundo.  

Nenhuma das ciências que temos hoje (no mundo real, deixe-me esclarecer) começaram diretamente com as fórmulas, é óbvio que eu também não começaria. Começa-se com histórias, relatos e principalmente pesquisas. Entender o que é fato e o que é ficção. E para criar toda uma nova "ciência" me inspiro nas histórias da magia, dos grandes magos, dentro da temática que mas me agrada, essa magia fantasiosa, chamativa, espetacular, poderosa e perigosa, o resultado de uma fórmula matemática que é desde sua própria essência, parcialmente imprevisível. Uma ciência que não é exata. Cada magia é uma obra prima. 

Dizem que a tecnologia, quando suficiente desenvolvida, é indistinguível da magia. Permita-me discordar (Clarke, estou criando uma nova ciência aqui, espero que você não se importe 😝). Certamente a tecnologia suficientemente desenvolvida pode fazer aquilo que só podemos pensar como "mágico", mas a diferença está na essência delas. Depois de desenvolver toda a tecnologia necessária, ela fará o que for pedido, e fará de novo, e mais uma vez, todas à perfeição, de maneira igualmente assombrosa.
A magia é incapaz de manter esse padrão, cada magia é única, uma obra de arte, ela não fará a mesma tarefa de novo e de novo sem falhar ou mudar seu resultado, mas ela supera a tecnologia quanto ao realizar tarefas complexas. Quanta tecnologia não seria necessária para criar um buraco de minhoca e viajar distâncias astronômicas em um instante? Teletransporte é uma das magias mais comuns, não vou dizer básica pois é necessário um certo nível de experiência, mesmo assim qualquer mago que alcança esse nível é capaz de se teletransportar instantaneamente para onde seu pensamento o levar. É por isso que magos tendem a ter físicos frágeis, olha a preguiça destes povos de andar!

Mais uma vez: cada magia é única. É por isso que não quero escrever um grimório de magia aqui, não quero que as magias sejam simplesmente copiadas, quero que cada conjurador crie suas próprias magias, pelo menos tentem criar. Mas também não que criar suas próprias fórmulas mágicas seja o único caminho para um conjurador, o sistema tem que permitir a cópia, mas encorajar a criação. 

E também quero destacar aqui o seguinte: eu não estou trazendo a magia para a confluência, e sim quero abrir o portal e te dar o conhecimento para vir para a confluência visitar o mundos mágicos. 

sábado, 3 de outubro de 2020

Um Livro de Outra Dimensão

Numa sala de aula, sentado numa cadeira na fileira mais próxima da janela, olhando para fora como se a aula não merecesse atenção, não, olhando para fora como se nem estivesse naquele lugar, algo em minha visão chama atenção, um livro preto caindo no gramado. Mas não há ninguém por perto. Ao fim da aula eu vou até aquele gramado, o livro ainda está lá, com sua capa preta e apenas 2 palavras escritas nela: "Altas referências". 

Desculpe, não consegui resistir, foi mais forte que eu.
Pera aí, não vai embora não .-.
Fica aí, cê é legal. '-'

...

O Grimório do Kadin

Não zoa vai, eu dei esse nome mesmo. Em algum momento comecei a viajar em pensamento sobre um jogo, melhor: uma experiência, de me tornar um mago. Mas não um personagem de um jogo de fantasia se tornando um mago, me refiro na vida real mesmo. Altas dorgas. E a forma em que isso acontece é através de um Grimório, que ninguém-se-importa-como está em minha posse agora, vindo de outra... dimensão? Vamos pular sobre de onde veio, o que importa é que em seu conteúdo está a forma de conseguir se tornar um conjurador de verdade. Acho que estava lendo mangás demais. De qualquer forma, eu anotei no papel enquanto a inspiração estava lá, antes que sumisse na entropia de pensamentos. 
Ok, essa é a origem da ideia. Como alguém que ama magia, sempre dou uma moral a mais quando a história envolve magia, mas quantas e quantas vezes essas histórias não falham quando envolve a parte do aprendizado da magia? Claro, as histórias estão focadas em ganhar a atenção do leitor, então o que importa é a saga do herói e não a teoria da magia, e é neste ponto que me refiro que as histórias falham, pelo menos, comigo. O que é magia? O que permite que conjuremos magias? Como fazer para alcançar tal feito? Quantas outras dúvidas não surgem com as respostas destas perguntas? Várias histórias tem o aprendiz e o mestre, várias delas tem um ou outro exemplo respondendo parcialmente estas perguntas, mas eu acabei decidindo tentar criar um sistema definitivo da Teoria da Magia. É como querer inventar uma nova área da ciência, esse pensamento sempre me tira um riso do nada. E tenho que dizer, as explicações do Patrick Rothfuss nas Crônicas do Matador do Rei foram inigualáveis. A Siglística cara! Que espetáculo!
O Grimório do Kadin é um compêndio das minhas viagens mentais desse sistema. É um "projeto" ambicioso, sem nenhum prazo ou previsão, que um dia deve surgir completo ou morrer no esquecimento. 
Este post é uma introdução ao projeto, seu conteúdo mesmo virá no próximo post. Farei uma sequência de posts sob este marcador Grimório, escrevendo aqui aquilo que escrevi no papel. 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Da estante para a escrivaninha

Se me lembro bem, meu primeiro contato com desenvolvimento de jogos foi quando brinquei com OTServer em meus anos de adolescência (Kadin do futuro: me lembrei errado! Fiz um RPG espalhado nas páginas de um caderno de desenho quando criança hahuhausuhauh, ficou muito ruim!). Me sinto velho. Depois disso também veio um outro server que nem me lembro o nome mais, também brinquei bastante com RPGMaker, até cheguei a fazer um ou outro server de Minecraft no Raspberry Pi, foi massa. Mas eu gosto de pensar que o ponto de virada mesmo foi no fim de 2018 quando parti pra cima do GameMaker. O jogo Boulder foi feito nele, e depois veio um projeto de jogo incremental que trabalhava sob o nome Kingdom Inc. Era uma faceta, o "início da confluência", um... teaser, de algo que queria mostrar, queria dar uma primeira forma ao mundo com este projeto. Infelizmente paguei a licença do GameMaker para apenas 1 ano, e entre tantas reviravoltas em minha vida pessoal não pude utilizar bem este tempo, ao término o dólar aumentou tanto que não valia a pena pagar a licença mais, e o projeto, até então pausado, morreu de vez. Bom, quase, fechei o livro e coloquei na estante dos projetos inativos.


O Grimório

Eis que então, quando pude voltar a me dedicar nos projetos de desenvolvimento de jogos eu me vi sem uma plataforma para trabalhar. GameMaker estava muito caro (e sinceramente, não vale o preço nem se eu recebesse em dólares, mas não fui eu quem disse isso =p), outros softwares que usei antigamente não me serviam, Python foi enfim descartado como plataforma de desenvolvimento... Bom, não tenho um quadro pra pintar mas posso desenhar no papel não é? Eu literalmente fui pro papel, muitas coisas passavam pela minha cabeça e queria colocar em algum lugar, admito que na hora esqueci-me deste blog, e num fichário velho eu comecei o "Grimório", outra faceta de um mundo que gostaria de trazer pra confluência. Lá escrevi algumas experiências que quero trazer, não em um jogo, mas em todos eles talvez. Pelo menos todos que vieram destas mesmas terras inexploradas. 
Em meu último post disse sobre organizar melhor meus projetos e estruturar o blog para isso, e bem, parece que os posts podem receber Marcadores que por usa vez podem ser usados para procurar e filtrar posts! Passarei a usar estes marcadores para identificar estes projetos, algo como as plaquinhas nas estantes, delimitando a quais temas os livros lá pertencem, na prática essa analogia não se encaixa muito bem mas vai servir. E desta forma, pesquisando pelo marcador Grimório deverão ser encontrados todos os posts futuros sobre este projeto =D
Spoiler alert: O ritual de invocação do conteúdo do Grimório já começou, e deverá ser trazido para a confluência conforme o tempo passa


Alchemist's Shop

Enquanto o Grimório é um amontoado de anotações, algumas dispersas e outras contíguas, ele não é nenhuma personificação de jogo, e como desejo abrir um portal para as terras desconhecidas dos mundos da confluência através dos jogos, eu precisava voltar a criar um. Sem plataforma para programar o jogo, eu optei por não programar o jogo mesmo e focar em seu design. Constantemente vejo notícias sobre desenvolvedores que lançaram jogos sem um pingo de conhecimento de programação. Isso não é nenhum milagre, é só que programação é um meio para um fim, um dos muitos meios, adiciono. Então voltei na estante dos projetos inativos, abri o livro do Kingdom Inc. e li seu conteúdo. É... fazível. Analisei seu conceito, as experiências que queria que o jogo tivesse, a forma com que estava desenvolvendo, não era das melhores, mas era viável. Digo isso por cima apenas, pois na verdade esse tópico merece um (ou mais) post dedicado ao assunto. 
Ocorre que após vários meses sem nem mesmo pensar neste jogo, eu estou agora em uma outra.. frequência, por falta de palavra melhor. O tema que quero explorar hoje mudou. Para fins de explicação, a ideia do Kingdom Inc. era a de um jogo incremental onde o jogador estaria na posição de um rei, não só em nome mas tendo que tratar os assuntos de seu reino como um rei. Queria que o jogador sentisse a experiência de estar sentado no trono do reino, comandando enquanto via seu reino crescer (ou cair) pelas suas ordens. Ou, pensando em meta, uma bela desculpa para a maneira com que o jogo incremental funciona, você clica num botão e um monte de coisa acontece sem que você mesmo tenha que fazer, mas ainda é você quem decide o que acontece e o que não. 
A ideia que tenho em mente mudou, ou melhor, amadureceu. Muito do que fiz foi inspirado em outros jogos, Realm Grinder (click me!) foi o primeiro grande incremental que joguei e deixou sua marca. Nada de errado em se inspirar nas obras dos outros, mas depois deste tempo parte dessa inspiração se esvaiu e deixou espaço para outra, mais antiga e, de certa maneira, mais forte também: Sempre amei magia, jogava com personagens conjuradores quase todas as vezes que tinha essa opção, e queria um jogo que tivesse mais contato com magia. Passei a querer mudar a temática do projeto para magia, mas sendo sincero isso não deu certo. Era melhor se eu conseguisse colocar esse tema em um jogo que tivesse mais aventura, então continuei procurando um novo tema pro jogo, que se adequasse ao meu ritmo atual e ao modelo de incremental, preferencialmente que pudesse usar o material já criado no Kingdom Inc., foi então que cheguei no tema de Alquimia. Uma mistura de química com magia.. Naah, o meu Alquimista tá mais para uns povo que usam uns ingredientes bizarros junto energias estranhas seguindo princípios que irritariam os químicos se eu falasse que tem relação.
Enfim nasceu (talvez renasceu?) aí o Alchemist's Shop, o jogador é um aprendiz em seu caminho pra se tornar um alquimista lendário, fazendo e vendendo poções, aprendendo novas habilidades, comprando novas ferramentas estranhas e ingredientes bizarros para outras poções fantásticas (ou não), tudo dentro desse arquétipo de jogo incremental. E assim como o Grimório, mais posts virão no tema, sob o marcador Alchemist's Shop (será que esse nome dá certo como marcador? Descubra, no próximo episódio)


Unity

Mas não é como se eu não tivesse nenhuma plataforma para desenvolver os jogos. Foi ano passado, eu acho, que fiquei sabendo que o Unity estava gratuito. Mas quando fui atrás de ver a respeito, achei que não estava à altura de uma engine tão f... Profissional. Fiquei apreensivo, pois como muito do que sei foi autodidata sei também que estou suscetível a erros e práticas ruins, tudo bem enquanto estava num cenário newbie, e como tal não fui nivelar na área dos high level. Um passo de cada vez. Esse foi meu pensamento quanto ao Unity (ou será uma desculpa?). 
E como todo bom jogo, você continua upando e eventualmente você percebe que pode dar conta de um boss que antes achava que seria f.. difícil. Chegou uma oportunidade de aprender o Unity, e com isso abrir espaço para todas as suas possibilidades, como conseguir lançar o jogo incremental (que comecei a planejar há talvez quase um ano) para mobile ou navegador, onde seria correto, ao invés de apenas para computador onde seria pouco visto, simplesmente não é o mercado certo. Bom, por "chegou uma oportunidade" quero dizer: de repente recebi uma oportunidade de trabalhar com uma equipe de desenvolvedores de jogos em um projeto já em andamento e para isso preciso aprender Unity, e com isso vou ter que engolir Unity no café da manhã pra estar a altura daqueles povo que são fera. Ainda assim, uma oportunidade de aprender Unity, e de quebra trabalhar oficialmente com jogos, com uma equipe organizada. Uma bela de uma oportunidade. Isso também significa que com 2 serviços vai ser difícil me dedicar em qualquer um dos meus projetos pessoais, ainda assim, Unity veio e farei bom proveito disso. 

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

"...And now, I am back to life!"

Foi num setembro que comecei esse blog, foi num setembro que voltei a editar ele. Coincidência?

Mas é, depois de um ano, estou de volta! \o/

Ok, o que aconteceu? De forma curta, eu não sabia muito bem o que falar, enrolei com o próximo post, até que enrolei demais e deixei o blog entrar no limbo. Não é como se eu tivesse esquecido do blog, de fato, ele vira e mexe voltava em meus pensamentos como algo que deixei pra trás e que seria legal voltar, faltava só a ação, que ocorre hoje. Reabri o portal e conectei a Confluência de volta aos mundos. Tá, mas o que aconteceu para voltar? Hmm, isso talvez mereça uma resposta completa, e não um resumo.


Vislumbre de outro mundo

Se imagine num cômodo, um grande até, à sua frente uma escrivaninha, uma grande mesa de madeira rústica, finamente trabalhada, com um livro de capa de couro aberto sobre a mesa, 2 cristais semelhantes soltos sobre as páginas, logo ao lado um frasco de tinta preta com uma pena de escrever dentro, uns 4 livros fechados empilhados desorganizadamente mais a frente na mesa. Um aparato segurando uma lente similar à uma lupa, que pode ser reajustada em outras posições e ângulos perto dos livros. Ao lado da mesa uma estante de livros, todos separados e categorizados, e atrás desta estante há mais estantes, com centenas de outros livros. 

Foi essa cena que imaginei quando percebi que precisava de uma maneira melhor de organizar meus projetos. Na mesa, o projeto em que estou trabalhando no momento, na estante mais próxima os outros projetos em aberto, ideias aleatórias, materiais de apoio rápido, protótipos. Nas estantes ao fundo, os projetos já terminados ou inativos por qualquer outro motivo, livros de pesquisa, outras coisas aleatórias que escrevi, encadernei e salvei. Foi um pouco bizarro essa cena aparecer tão do nada, mas foi divertido. Dei um tempo para pensar nisso, desenvolver mais esse pensamento, essa materialização da ideia permitiu criar um sistema que parece funcionar, e quis dar a chance, vamos ver no que dá. Em certo momento tinha todo um novo projeto criado nisso, desenvolver esse ambiente em software mesmo, recentemente comecei a brincar com Unity e me permitiu viajar ainda mais nas ideias, mas logo deixei isso de lado pois não posso começar um projeto desse tamanho só para ver se dá certo reorganizar os projetos.... Quem sabe no futuro? 
Mas quem está atento pode já ter percebido. De repente lembrei: "Ei, eu tenho um blog! Que tal colocar lá? Parece o tipo de coisa que se encaixa bem lá", e lá estou. Não sei se consigo construir o mesmo sistema que imaginei nessa cena, mas é um começo, e um que não exige quase nada. 
Tá, eu poderia fazer simplesmente um esquema de arquivos e pastas no computador, mas aqui também permite umas coisas que gosto, Histórico e Textos. E também revive o blog, que como disse antes, eu nunca me esqueci realmente, apesar de ter passado um ano inteiro. 


Que GDD demorado hein... 

Blackbox

Claro que antes de começar a escrever por aqui de volta, eu reli o que tinha escrito antes. Definitivamente fui que escrevi aquilo lá rsrsrs. Mas então cheguei na parte que eu deveria fazer um GDD do Blackbox, algo que nunca foi feito, nem o jogo nem o documento... Não me lembro mais o motivo de não ter feito, mas sei dizer que a ideia por trás permaneceu. Pois após isso, desenvolvi outro jogo da mesma fonte, Simon Tatham's Portable Puzzle Collection, chamado lá de Pattern (click me!). Desenvolvido sem GDD em Python com Tkinter, consegui também criar um instalador para rodar mesmo em PCs sem Python, ao total de 18 horas de serviço. Foi divertido, e também muito bom. A intenção não era fazer altamente refinado, mas obtive um resultado bem legal. Talvez no futuro eu compartilhe ele por aqui, não sei se posso já que é uma cópia de outro jogo já criado.


Python para Jogos

Ter falado do Pattern me lembrou de outro tópico que vale menção, Python para desenvolvimento de jogos. Eu passei um tempo aprendendo Python, por várias recomendações que vi por aí, aprendi também várias libs dele e entre os motivos de ter desenvolvido o Pattern foi o (re)aprendizado do Tkinter. Python é muito bom. Fácil de programar, fácil de lembrar, poderoso o suficiente para tudo que precisei de fazer até hoje. Mas o uso dele para desenvolvimento de jogos não me agradou. O Tkinter facilita (e muito!) a vida de quem quer fazer interfaces gráficas, mas ainda tem muita coisa que tem que ser feita na unha. E o próprio Python me decepcionou quando vi como é difícil rodar programas criados com Python no Windows sem ele. Python continua sendo bom, mas não é essa a finalidade do Python, e sendo desenvolvedor solo eu não posso perder tempo demais tendo que aprender como fazer o Python executar os recursos que quero pro jogo, portanto decidi parar de usá-lo para isso. O que me leva a mais 2 ou 3 outros tópicos, mas tá bom já né? Cabem em outro post. Por falar nisso, preciso começar a pensar como estruturar o blog para se encaixar na ideia de antes.